Empresários criticam AI-5 de Guedes: "Tem que ser hard no conteúdo e soft ao se comunicar"

Empresários consideram Guedes "muito sanguíneo" e sugerem técnicas de comunicação para que o ministro de Bolsonaro evite conflitos

Foto: Agência Brasil
Escrito en POLÍTICA el

Durante jantar em homenagem ao ministro da Cidadania, Osmar Terra, um dos destaques ficou por conta do ministro da Economia, Paulo Guedes. No evento, que ocorreu na segunda-feira (2), empresários comentavam sobre a coletiva de imprensa em que Guedes citou o retorno do AI-5 para conter manifestações populares.

“Pelo amor de Deus, eu não sou nenhum mestre em comunicação, mas o ministro [Guedes] é muito sanguíneo. A gente tem que ser ‘hard’ no conteúdo, mas ‘soft’ no jeito de se comunicar”, disse o empresário Marco Stefanini. “Eu estava na ‘coletiva AI-5’”, lembra a diretora do Grupo Voto, Karim Miskulin, organizadora do jantar. “Ele estava animado, mas chegou a primeira pergunta do repórter e tirou ele do sério", comentou. “Tem que usar a ‘técnica sonrisal’: bota um sorriso na boca e uma água do lado”, sugeriu um dos convidados. Durante entrevista coletiva em Washington D.C., no dia 26 de novembro, Guedes provocou polêmica ao irritar-se com a saída de Lula da prisão, sugerindo a implementação do AI-5, instrumento da ditadura militar, para reprimir possíveis manifestações. Antidepressivo Logo na abertura da cerimônia, Osmar Terra também mencionou o ministro da Economia, com diversos elogios. “O Paulo Guedes é o meu antidepressivo”, disse, em discurso que já durava 20 minutos, de acordo com a coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S.Paulo. “Quando [o clima] está meio triste, desanimado, o Paulo começa a falar nas reuniões de ministros e fica todo mundo animado. Nesses dias, eu não tomo antidepressivo", continuou.