Empresários temem que atos possam acirrar ataques de Bolsonaro contra militares e Congresso

Embora tenham atraído público maior do que muitos previam, os atos em defesa de Bolsonaro foram vistos com descrença

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
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De acordo com a coluna Painel S.A., da Folha, o relativo sucesso da convocação das manifestações deste domingo (26), em apoio ao governo, traz insegurança a alguns empresários. O temor é que tenha inflado a confiança do presidente Jair Bolsonaro (PSL-RJ), dando fôlego para que o núcleo duro do presidente, de familiares e olavistas, o atice a entrar em conflito aberto com militares, Legislativo ou equipe econômica. Embora tenham atraído público maior do que muitos previam, os atos em defesa de Bolsonaro foram vistos também com descrença. A avaliação de empresários e altos executivos é que a manifestação não terá relevância na pressão pela reforma da Previdência. A expectativa deles é que a reforma será aprovada. Porém, mais por força do alinhamento entre Rodrigo Maia, presidente da Câmara, e o ministro Paulo Guedes, do que por causa de qualquer protesto. Outros efeitos, como uma deterioração cada vez pior dos dados econômicos, avalia a coluna, devem ter mais poder de persuasão sobre a necessidade de reforma, avaliam lideranças no setor privado. Previsões mais céticas calculam que a Previdência passa no segundo semestre, trazendo um breve impulso animador, assim como ocorreu após a eleição de Bolsonaro, mas a economia não se recupera. Aí é esperar para ver como o governo se reinventa no início de 2020.