Enquanto Lula foi conduzido coercitivamente, Alckmin prestou depoimento em sigilo

Segundo reportagem da Folha de S.Paulo, Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que o depoimento do ex-governador de São Paulo seria em sigilo e por escrito

O Governador de São Paulo assinou a PLC 50/125 que institui a diária especial por jornada extraordinária de trabalho da Polícia Civil em evento realizado no salão dos despachos em São Paulo. São Paulo - 13/01/2016 - Foto: Eduardo Saraiva/A2IMG
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[caption id="attachment_130250" align="alignnone" width="850"] Foto: Eduardo Saraiva/AZIMG/Fotos Públicas[/caption] Enquanto o ex-presidente Lula teve de se submeter à condução coercitiva, em março de 2017, o pré-candidato à presidência pelo PSDB, Geraldo Alckmin foi beneficiado em depoimento sigiloso e por escrito, segundo reportagem de Thais Bilenky e Reynaldo Turollo Jr, da Folha de S.Paulo. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) tomou essa decisão antes do caso ser encaminhado à Justiça Eleitoral. E mais: o pedido de investigação foi aceito pela ministra Nancy Andrighi no mês de novembro de 2017, mas segue em sigilo. Ainda de acordo com a Folha, Adhemar Cesar Ribeiro, cunhado do ex-governador de São Paulo, além do secretário estadual Marcos Monteiro, acusados de operar R$ 10,7 milhões em caixa dois nas campanhas de Alckmin em 2010 e 2014, também foram convocados a depor. As passar o inquérito para o âmbito eleitoral, Alckmin conseguiu escapar da Lava Jato, fato bastante festejado por aliados tucanos. O caso acabou andando rápido depois que Alckmin renunciou ao cargo de governador para ser pré-candidato à presidência. Ainda de acordo com a reportagem, ele deixou o posto na sexta-feira (6), perdendo o foro especial. Após dois dias, a Lava Jato solicitou acesso às investigações. Já na quarta (11), o STJ decidiu que encaminharia o inquérito à Justiça Eleitoral.