Ernesto Araújo diz que críticas de Maia são “infundadas”: “só teme a parceria Brasil-EUA quem teme a democracia”

Chanceler de Bolsonaro compartilhou nota do Itamaraty sobre a chamada Operação Acolhida, que visa fortalecer pressão sobre o governo de Nicolás Maduro

Ernesto Araújo em aula na Escola Superior de Guerra - Reprodução
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O encontro entre o chanceler brasileiro Ernesto Araújo e o secretário de Estado norte-americano Mike Pompeo em Roraima, nesta sexta-feira (18), continua sendo tema importante em Brasília. Após as críticas do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, classificando a reunião como “uma afronta”, o chefe do Itamaraty resolveu responder neste sábado, através de um tuíte e uma nota oficial.

Na mensagem via rede social, o ministro de Relações Exteriores do governo de Jair Bolsonaro disse que “só teme a parceria Brasil-EUA quem teme a democracia”. Em seguida, montou uma equação com bandeirinhas, na qual diz que “Brasil + Estados Unidos = Venezuela livre”.

A mensagem também estava acompanhada de um tuíte oficial do Itamaraty, dizendo que “são infundadas as críticas do Presidente da Câmara Rodrigo Maia à visita que o Secretário de Estado Mike Pompeo e eu fizemos ontem à Operação Acolhida em Boa Vista, conforme procuro mostrar nesta nota”, e um link para a nota oficial a respeito do encontro, com direito a resposta aos argumentos de Maia.

https://twitter.com/ernestofaraujo/status/1307329330347937792

Na nota oficial, Araújo afirma que “a Operação Acolhida representa essa solidariedade. O povo brasileiro preza pela sua própria segurança, e a persistência na Venezuela de um regime aliado ao narcotráfico, terrorismo e crime organizado ameaça permanentemente essa segurança. O povo brasileiro tem apego profundo pela democracia e o regime Maduro trabalha permanentemente para solapar a democracia em toda a América do Sul”.

No encontro com o colega brasileiro Mike Pompeo afirmou que a parceria entre Estados Unidos e Brasil visa “a extinção do regime ditatorial de Maduro”.

Em resposta ao encontro entre Pompeo e Araújo, o governo da Venezuela afirmou, através do seu chanceler Jorge Arreaza, que o governo do Brasil assumiu um papel de “subordinação total” para com os Estados Unidos.