Ernesto Araújo usa sessão da ONU contra o nazismo para pregar contra o comunismo

O chanceler olavista ainda exaltou o "sentimento nacional" e repetiu que há um plano totalitário por trás da Covid-19

Ernesto Araújo (Reprodução)
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O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, decidiu focar seu discurso durante sessão especial do Conselho de Segurança das Nações Unidas de 75 anos do fim do nazismo para atacar o comunismo e o multilateralismo.

Segundo o jornalista Jamil Chade, colunista do Uol, Araújo pouco falou sobre o nazismo e focou em uma retórica anti-comunista. "Há 75 anos, a liberdade prevaleceu contra totalitarismo graças ao sacrifício de pessoas reais. Mas outra forma de totalitarismo, depois da guerra, fez sombra sobre metade da humanidade. Essa forma, nas décadas seguintes, tentou manipular a ONU", declarou o chanceler referindo-se ao comunismo.

Araújo ainda exaltou o "sentimento nacional", visto como um dos pilares de movimentos neonazistas e neofascistas. "Não vamos cair no erro de entrar numa era de crítica à soberania. Não vamos desprezar aqueles que lutam pelo sentimento nacional. Sem nações soberanas, não há liberdade", disse.

Em seguida, criticou o multilateralismo: "Palavras que terminam em ismo designam uma ideologia. Nazismo, comunismo. Não vamos fazer do multilateralismo uma ideologia".

Além disso, o ministro ainda relacionou a pandemia do coronavírus como um "novo totalitarismo". "Não vamos deixar a Saúde ser mais uma vítima de um sequestro dessa ideologia para servir objetivos totalitários", disse.