Esperidião Amin quer Nobel da Paz para Bolsonaro

Ex-governador de Santa Catarina diz que fez a proposta ao presidente de criar duas embaixadas paralelas em Jerusalém, e que espera que ele a aceite. “Não tenho dúvidas de que seria um candidato natural” acredita

Jair Bolsonaro e Esperidião Amin (foto: YouTube)
Escrito en POLÍTICA el

O senador Esperidião Amin (PP-SC) disse que entregou ao presidente Jair Bolsonaro a proposta que o fará ganhar o Prêmio Nobel da Paz.

Segundo o ex-governador de Santa Catarina, Bolsonaro deveria criar duas embaixadas na cidade de Jerusalém, uma para Israel, conforme promessa que fez durante a campanha eleitoral à comunidade judaica brasileiras, e outra em Jerusalém Ocidental, para a comunidade palestina.

“Se o presidente Bolsonaro aceitasse essa recomendação, não tenho dúvida de que seria um candidato natural ao prêmio Nobel da Paz. Que outra ação, em uma causa tão complicada, poderia de maneira mais eloquente representar o respeito aos dois estados e à causa da convivência. Não conheço nenhuma outra”, assegurou Amin, em entrevista para o site Sputnik Brasil.

Para Amin, “o status de Jerusalém como uma cidade não sujeita a um país só”. Ele também que, em 1947, Oswaldo Aranha (então presidente da Assembleia Geral da ONU) foi o primeiro a defender a teoria dos dois estados na região, um judeu e outro árabe. “Ou seja, isso não é uma invenção minha, é dar consequência prática, inteligência e coerência para aquilo que o Brasil anunciou há setenta e tantos anos na ONU”, explicou.

Porém, até o momento, nem a embaixada de Israel na cidade sagrada está garantida. Por enquanto, o Brasil abriu somente uma representação comercial em Jerusalém.

Mas Amin disse que não desistirá da ideia, e já convidou o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, para falar na Comissão das Relações Exteriores do Senado sobre o apoio do Brasil ao chamado “Acordo do Século”, que o presidente estadunidense, Donald Trump, propôs para acabar com o conflito entre Israel e Palestina – e que, até agora, só foi aceito pelos israelenses, e completamente rechaçado pelos palestinos.