Para reverter queda de sua popularidade, o presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido-RJ) pretende agora investir na área social. Ele determinou a sua equipe econômica que encontre recursos para turbinar o Bolsa Família, que passará a se chamar Renda Brasil.
A mudança de nome é uma tentativa de se desvincular do programa criado pelo governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Diante do que foi apresentado até agora pelos técnicos, o programa poderá chegar aos R$ 70 bilhões por ano, mais do que o dobro pago atualmente pelo Bolsa Família, de R$ 32 bilhões. A mágica da multiplicação de recursos virá da fusão de vários programas, como o abono salarial, o seguro-defeso, o farmácia popular e a desoneração da cesta básica.
A pressa de Bolsonaro é grande, segundo fontes do Planalto. Ele quer que o Renda Brasil já esteja em funcionamento, no máximo, em novembro, como forma de dar continuidade ao auxílio emergencial, que, com mais três parcelas (de R$ 500, R$ 400 e R$ 300), vai até outubro.
Bolsonaro foi convencido, sobretudo, pelo crescimento de sua popularidade entre a população de baixa renda provocada pelo auxílio emergencial. No Nordeste, onde o governo ainda tem a maior rejeição, os beneficiados pelos R$ 600 falam, com entusiasmo, do “dinheiro do Bolsonaro”.
“Então, esse é o caminho para fortalecer o governo, o Bolsa Família da direita”, diz um integrante do governo.
Com informações da coluna de Vicente Nunes