Exército pode pedir explicações a Pazuello por participação em ato de Bolsonaro no Rio

O general não teria pedido autorização pro comando militar

Pazuello em ato ao lado de Bolsonaro no Rio (Reprodução)
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A participação do general Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, em ato realizado pelo presidente Jair Bolsonaro no Rio de Janeiro neste domingo (23), parece ter desagrado o comando do Exército Brasileiro. Pazuello ficou sem máscara na aglomeração e fez discurso no carro de som ao lado do presidente na mesma semana em que prestou depoimento na CPI do Genocídio.

Segundo o jornalista Caio Junqueira, da CNN Brasil, o Exército deve pedir explicações ao general pela participação no comício do presidente. Ele não teria pedido autorização para se juntar ao ato promovido pelo mandatário.

O regimento militar impede de "manifestar-se, publicamente, o militar da ativa, sem que esteja autorizado, a respeito de assuntos de natureza político-partidária".

Pazuello, que prestou depoimento na CPI do Genocídio na última semana – após pedir adiamento da oitiva por ter contato com assessores contaminados com Covid-19 – chegou de máscara ao local, mas tirou o artefato de proteção ao posar ao lado de Bolsonaro, em cima de um caminhão de som.

Antes de falar, Pazuello ainda foi alvo de “elogios” de Bolsonaro, reagindo com sorriso discreto. “Esse é o gordo do bem. É o gordo paraquedista. O nosso ministro conduziu com muita responsabilidade.”

O PT vai protocolar representação no Tribunal de Contas da União (TCU) para que sejam levantados todos os gastos do presidente Jair Bolsonaro durante viagem ao Rio de Janeiro. O partido acusa o presidente de fazer uso de dinheiro público para fazer ato político em tom de comício eleitoral.