Exército impede que carro com cartaz contra Bolsonaro entre em centro de vacinação em SP

"Essas mortes poderiam ter sido evitadas. Não foram e só tem um culpado: Jair Bolsonaro", dizia a mensagem de Roberta Rodrigues

Jair Bolsonaro, general Walter Braga Netto e general Paulo Sérgio Nogueira | Foto: Marcos Corrêa/PR
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Enquanto generais erguem a voz para tentar sair do papel de cúmplices do genocídio provocado pelo governo de Jair Bolsonaro diante da pandemia de Covid-19, os militares responsáveis por alguns postos de vacinação seguem dispostos a reafirmar seus laços com o presidente.

Segundo reportagem do G1, a comunicadora Roberta Rodrigues foi censurada por militares do Exército que comandavam o posto de vacinação drive-thru do Memorial da América Latina, em São Paulo. Rodrigues não pôde entrar com seu carro com um cartaz contra o presidente.

"528.540 não tiveram chance, não desperdice a sua: vacine-se. Essas mortes poderiam ter sido evitadas. Não foram e só tem um culpado: Jair Bolsonaro. SUS salva, Ele não", dizia a mensagem.

"Quando ele parou do lado do meu carro ele disse que eu não poderia continuar com o cartaz e eu questionei o porquê. E aí ele respondeu que era por conta do Bolsonaro, que eu não podia falar do Bolsonaro no Memorial da América Latina", disse Rodrigues ao G1. O oficial informou que eram ordens do Comando do Exército.

A situação é semelhante à que ocorre em Manaus. Várias denúncias começaram a surgir desde quinta-feira (02) dando conta de que integrantes das Forças Armadas estavam se negando a imunizar quem chegava com frases e cartazes com teor político, especialmente contra Bolsonaro.

Atualização 11/07