Fachin autoriza uso de dados de inquérito de Temer em processo contra Alckmin

Mensagens telefônicas de gerente da Transnacional Transporte de Valores da Odebrecht identificam supostos pagamentos a Marcos Antônio Monteiro, pessoa de confiança do tucano

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[caption id="attachment_146068" align="alignnone" width="700"] Foto: Agência Brasil[/caption] Edson Fachin, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou o compartilhamento de mensagens telefônicas obtidas em investigação contra Michel Temer (MDB) no processo contra Geraldo Alckmin (PSDB), ex-governador de São Paulo, de acordo com informações de Carolina Brígido, de O Globo. As mensagens compõem parte de um inquérito que apura se Temer e os ministros Moreira Franco (Minas e Energia) e Eliseu Padilha (Casa Civil), do MDB, receberam propina da Odebrecht. Essas mesmas provas serão usadas em uma ação de improbidade administrativa que tramita em São Paulo contra o tucano. O compartilhamento foi um pedido do Ministério Público estadual. O tucano é processado por ter abastecido campanhas de 2010 e 2014 com dinheiro da Odebrecht, sem a devida declaração na Justiça Eleitoral. Alckmin nega a acusação. Fórum precisa ter um jornalista em Brasília em 2019. Será que você pode nos ajudar nisso? Clique aqui e saiba mais As mensagens telefônicas são de Edgard Augusto Venâncio, gerente da Transnacional Transporte de Valores da empreiteira, que identificam supostos pagamentos a Marcos Antônio Monteiro, pessoa de confiança de Alckmin. De acordo com a ação contra o tucano, Venâncio afirmou que apagou as mensagens após entregá-las aos investigadores. “Ressai indispensável o compartilhamento para viabilizar o aproveitamento, pelo Ministério Público do Estado de São Paulo, apenas das evidências estritamente correlacionadas com o objeto do inquérito civil que tramita naquele órgão estadual”, escreveu o ministro. O processo contra Temer de onde saíram as informações trata de um jantar realizado no Palácio do Jaburu, em maio de 2014, no qual, de acordo com delatores, o então vice-presidente acertou o repasse ilícito de R$ 10 milhões da Odebrecht ao MDB. Agora que você chegou ao final deste texto e viu a importância da Fórum, que tal apoiar a criação da sucursal de Brasília? Clique aqui e saiba mais