Fake news me impediu de disputar eleições e abriu caminho para fascismo, diz Lula em livro organizado por Manu

Em artigo inédito, Lula diz que "lutar contra as fake news e o discurso de ódio é, portanto, lutar pela restauração da democracia e pela reconstrução de um país mais desenvolvido, mais justo e mais fraterno"

Lula e Manuela D'Ávilla (Reprodução)
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Em artigo inédito, que será publicado no livro "Rede de Mentiras e de Ódio: E se o alvo fosse você?", organizado por Manuela D'Ávila, o ex-presidente Lula diz que as fake news impediram que ele disputasse as eleições de 2018 e abriram caminho para a ascensão do fascismo com a eleição de Jair Bolsonaro.

"Uma dessas mentiras, ou o conjunto delas, serviu de pretexto para que eu fosse preso, sem nenhuma prova de qualquer crime cometido, e impedido de disputar as eleições de 2018, abrindo caminho para a ascensão do fascismo e os constantes ataques à democracia que enfrentamos hoje", diz Lula no prefácio da coletânea.

O livro, que está em pré-venda no site do Insituto E Se Fosse Você, criado por Manuela após os ataques sofridos nas eleições de 2018, reúne textos de Débora Diniz, Felipe Neto, Glenn Greenwald, Jean Wyllys, Lola Aronovich, Manuela d`Ávila, Marcelo Freixo, Marcia Tiburi, Mônica Benício, Orlando Silva e Pedro Hallal.

No artigo, Lula diz que "lutar contra as fake news e o discurso de ódio é, portanto, lutar pela restauração da democracia e pela reconstrução de um país mais desenvolvido, mais justo e mais fraterno".

"Este livro é uma ferramenta de luta. Ele reúne artigos de brasileiros e brasileiras que, em maior ou menor escala, sentiram na pele a truculência do gabinete do ódio e da mentira", escreve o ex-presidente.