Fake News no varejo e também no atacado, a estratégia da direita

É bom não esquecer que o discurso das "fake news" serve para promover os méritos do jornalismo corporativo, que seria o guardião da "verdade", Por Luis Felipe Miguel

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O professor da UNB, Luis Felipe Miguel, criador do curso sobre o Golpe 2016, postou em sua conta no Facebook um texto sobre as Fake News. Leia abaixo: Por Luis Felipe Miguel Agora está bem claro que a estratégia dos novos grupos organizados da direita passa centralmente pela divulgação de "fake news" - eles dependem disso para manter sua militância sempre em pânico e com a faca nos dentes. É bom não esquecer que o discurso das "fake news" serve para promover os méritos do jornalismo corporativo, que seria o guardião da "verdade". Mas a manipulação que ele promove incide de forma muito mais grave na construção das representações da realidade, com efeitos muito mais duradouros. A ideologia disseminada pelo jornalismo é "fake news" no atacado, condição necessária para que o MBL e outros instalem seu varejo. Instituições funcionando de forma republicana é "fake news". Judiciário imparcial é "fake news". Rombo da previdência causado por excesso de benefícios é "fake news". Carga tributária elevada no Brasil é "fake news". Doutrinação de esquerda nas escolas é "fake news". Agronegócio como caminho da modernidade é "fake news". Empreendedorismo é "fake news". Meritocracia é "fake news". Por último, mas também importante: não ter uma expressão em português para "notícias falsas" também é "fake news".