Filha de ex-deputado Nilton Capixaba é presa por tráfico de drogas

O ex-deputado federal foi condenado em 2018 a mais de seis anos de prisão por corrupção passiva durante a Operação Sanguessuga

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Natielly Karlailly Balbino, de 35 anos, filha do ex-deputado federal Nilton Balbino, o Nilton Capixaba, que cumpriu pena no complexo penitenciário da Papuda entre 2017 e 2019, foi presa pela Polícia Federal (PF) no âmbito da operação Carga Prensada, por tráfico de drogas.

A operação foi deflagrada nesta quarta-feira. Natielly foi detida no município rondoniense de Cacoal, a cerca de 480 km da capital Porto Velho, durante cumprimento dos mandados de prisão e busca e apreensão.

Ela é acusada de integrar uma organização criminosa que enviava grandes quantidades de cocaína de Rondônia a outros estados brasileiros. De acordo com informações do G1, o grupo ainda adquiria cargas de maconha do Mato Grosso do Sul para distribuir na região Norte.

A operação Carga Prensada apreendeu, durante sua fase sigilosa, mais de 2,5 toneladas de drogas, sequestrou cerca de 150 veículos, vários deles de luxo pertencentes a integrantes da organização, além de uma lancha e uma aeronave. Mais de 270 policiais cumpriram 45 mandados de prisão e 63 mandados de busca e apreensão em oito estados brasileiros.

Os investigados poderão responder pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico, lavagem de capitais, organização criminosa e falsidade ideológica. As penas somadas podem ultrapassar 40 anos de prisão.

Nilton Capixaba

O ex-deputado federal Nilton Capixaba foi condenado em 2018 a mais de seis anos de prisão por corrupção passiva durante a Operação Sanguessuga. A ação penal contra o deputado foi aberta em 2011. De acordo com a denúncia, o deputado teve participação no esquema de fraudes a licitações para compra de ambulâncias revelado pela Polícia Federal em maio de 2006, destinando emendas que beneficiaram a empresa Planam.

Em troca, segundo o Ministério Público, o parlamentar recebia uma porcentagem dos repasses em propina. À época, a PF estimou a movimentação do esquema em cerca de R$ 110 milhões.