Relatório do Controle de Atividades Financeiras (Coaf) detectou que Marcelo Hodge Crivella, filho do prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos), movimentou R$ 2 milhões em pouco mais de um ano, entre maio de 2017 e julho de 2018. Parte das transações foram feitas em dinheiro vivo. Relatório será utilizado na "QG da Propina", investigação sobre o esquema de corrupção na Prefeitura do Rio.
No período analisado, cerca de R$ 1 milhão foi depositado na conta do filho do prefeito, sendo R$ 153 mil em espécie. Do total movimentado por Marcelo Hodge, R$ 245 mil foram enviados para a Igreja Universal do Reino de Deus, da qual Crivella é bispo licenciado. As informações constam em reportagem do jornal O Globo.
O relatório destaca ainda duas movimentações que aconteceram em 2017 e 2018. Em 11 de dezembro de 2017, foram depositados R$ 7,5 mil na conta do filho do prefeito, mas o dinheiro logo foi transferido para uma conta da Igreja Universal. Já em junho de 2018, foi feito um deposito de R$ 12 mil da empresa de Marcelo Hodge, a MHC Consultoria e Assessoria, e que logo passou para a mesma instituição religiosa.
O relatório afirma na conclusão que "além das movimentações havidas em conta estarem incompatíveis com a capacidade financeira declarada pelo cliente, a conta aparentemente está sendo utilizada para o trânsito de recursos de terceiros, tendo em vista o recebimento e o envio de recursos de maneira imediata e depósitos em espécie".