"Fim precoce do auxílio emergencial pode jogar Brasil no caos social", diz Flávio Dino

Governador do Maranhão vê contradição na forma como presidente tem lidado com a crise econômica

Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
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O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), afirmou em entrevista ao jornalista Leonardo Sakamoto, do UOL, que vê perigos e contradições na limitação imposta pelo governo ao auxílio emergencial durante a pandemia do coronavírus.

O presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciaram a extensão do programa por mais três meses, com redução de valor.

Ao contrário dos R$ 600 por mês, os pagamentos serão de R$ 500, R$ 400 e R$ 300. O custo para o governo seria o mesmo caso a proposta inicialmente apresentada pelo Congresso, de renovar por duas parcelas de R$ 600, seja aprovada.

"O auxílio emergencial será desativado no momento em que a economia estará mais fragilizada. Isto é uma brutal insensibilidade, uma desumanidade. O fim precoce do auxílio emergencial pode jogar o Brasil no caos social", afirmou o governador.

Para Dino, há contradição na decisão de limitar o auxílio, visto que o número de desempregados tem aumentado durante a pandemia.

"Temos uma contradição gravíssima na medida em que os indicadores econômicos estão se degradando com mais velocidade. No momento em que há desemprego, em que se verifica a desorganização de cadeias de oferta e demanda com a quebradeira de empresas, é que o auxílio emergencial se faz mais necessário", afirma.