Flávio Dino: “Se depender do Bolsonaro, tem tiro no meio da rua. É isso o que ele fomenta"

O governador do Maranhão também afirmou que nas eleições de 2022 deve ser candidato ao Senado

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Em entrevista ao Fórum Onze Meia desta segunda-feira (7), o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), afirmou que “nenhum democrata” deve subestimar o potencial golpista do bolsonarismo e que há o “risco Capitólio”, se referindo à invasão do Congresso dos Estados Unidos por milicianos que queriam impedir a posse de Joe Biden. “Se depender do Bolsonaro, tem sim tiro no meio da rua. É isso o que ele fomenta", disse Dino.

O governador do Maranhão também comentou que o ex-presidente Lula está certo em chamar atenção para a possibilidade de motins policiais para desestabilizar os governos estaduais. “Tentaram isso no Ceará, na Bahia e tentaram aqui, mas não deu certo”, comentou Dino.

Para o governador, a Frente Ampla é necessária para derrotar o bolsonarismo em 2022, mas destacou que é importante não cantar vitória antes do tempo e que o grupo que sustenta o presidente “vai chegar vivo” nas eleições. “Essa gente destrói tudo em que coloca a mão. A tarefa de reconstruir o Estado brasileiro será muito longa. Frente Ampla não é uma geleia, ela tem identidade. É preciso desmontar o entulho autoritário bolsonarista, eles destruíram o estado”, destacou Flávio Dino.

Além de chamar atenção para a existência de grupos dentro das polícias militares com viés golpista – que ele enfatiza serem minoritários -, Dino também afirmou que parte da situação em que se encontra o Brasil foi criada pelos “delírios dos cloroquinistas". "O mais grave são os 'cloroquinistas', que nos levaram a essa situação. É uma mentira vergonhosa de que o Brasil é o país que mais vacina no mundo.”

O estado do Maranhão tem hoje um dos menores índices de contágio e morte por Covid-19. Dino atribui isso a adesão das pessoas às políticas de prevenção e a “firmeza do Estado no cuidado e nas prevenções”. Dino também comentou a decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a qual ele classificou como muito “restritiva” e que neste momento ele e os governadores do Nordeste estão estudando as 28 disposições da Anvisa para liberar a aplicação da Sputnik V.

Confira abaixo a entrevista na íntegra:

https://www.youtube.com/watch?v=VKeZwnpG2mg