FMI volta a mandar na Argentina com empréstimo de US$ 50 bilhões

Esta é a primeira vez que a Argentina recorre à instituição internacional desde 2005.

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O descalabro da economia argentina desde a posse de Maurício Macri levou a Argentina a mais uma vez recorrer ao Fundo Monetário Interncaional (FMI) para evitar a falência do país. O governo do país vizinho anunciou nesta quinta-feira (7) um acordo stand-by que colocará US$ 50 bilhões a disposição do país durante 36 meses. Esta é a primeira vez que a Argentina recorre à instituição internacional desde 2005. A decisão de pedir um empréstimo preventivo (que não será necessariamente usado, mas cujo desembolso depende do cumprimento de determinadas metas) foi tomada por Macri depois que o país enfrentou uma corrida cambial em maio. Um dos sintomas da crise enfrentada pelos argentinos é o gasto público e a inflação, que chegou aos 20% em 2018. No acordo fechado com o FMI, o Banco Central prometeu reduzir o índice a 17% até o final de 2019 e até 13% em 2020. As taxas de juro chegaram a 40% e o peso argentino perdeu 22 pontos de seu valor. Horas antes do acordo, Macri recebeu representantes do movimento dos trabalhadores argentino que ameaçavam entrar em greve caso o acordo com o fundo monetário fosse assinado. O aumento de salário acordado com a Conferência Geral de Trabalhadores em 15% já estão defasados diante de uma inflação galopante. A CGT saiu da reunião com a promessa de 5% de aumento para os trabalhadores entre julho e agostores. O movimento decidiu suspender a greve pelo menos até a semana que vem, quando uma nova reunião entre os trabalhadores será realizada.