Folha chama Eduardo Bolsonaro de "segundo tartufo dessa lamentável passagem da vida nacional"

No texto, a Folha sai em defesa de Patrícia Campos Mello e pede punição ao filho de Jair Bolsonaro por "catalisar a rede de massacres de reputações do bolsonarismo", sem sinalizar, no entanto, se tomará medidas judiciais contra o deputado

Patrícia Campos Mello e Eduardo Bolsonaro (Montagem)
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Em editorial publicado na edição desta quinta-feira (13), a Folha de S.Paulo sai em defesa da jornalista Patrícia Campos Mello que, segundo o jornal foi vítima do "método Bolsonaro" de ofender jornalistas e usar mentiras para "atacar a imprensa e as liberdades".

No texto, em que conta que Hans Nascimento insultou a jornalista a acusando de ter oferecido sexo em troca de informações, a Folha critica duramente a conduta de Eduardo Bolsonaro, chamado de "segundo tartufo dessa lamentável passagem da vida nacional, cujo sobrenome, não por acaso, é Bolsonaro". A palavra é sinônimo de hipócrita, de uma pessoa que foi ensinada a mentir e dissimular.

"O deputado Eduardo, terceiro filho do presidente da República, entrou em cena para difundir e tentar emprestar credibilidade às ofensas da testemunha contra a jornalista", diz o editorial.

Dessa forma, segundo a Folha, o filho de Jair Bolsonaro "catalisou a rede de massacres de reputações do bolsonarismo, que por sua vez deslanchou uma campanha sórdida de difamação, repleta de alegorias sexistas e termos chulos, contra a repórter".

Ao finalizar, o jornal pede punição a Eduardo Bolsonaro, sem sinalizar, no entanto, se tomará alguma medida judicial contra o filho do presidente. "O que falta é a responsabilização exemplar de quem agride a Carta e reincide em atos indecorosos. Até quando Eduardo Bolsonaro abusará da paciência republicana?"