Freixo defende Alckmin como vice de Lula: "É completamente diferente de Temer"

"Se não elegermos Lula e não ganharmos no Rio, situação será delicada em 2022", afirma o deputado federal, que foi para o PSB em busca de uma aliança maior com o campo progressista e democrático

Geraldo Alckmin e Marcelo Freixo (Foto: Reprodução/Redes Sociais).
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Pré-candidato ao governo do Rio de Janeiro, Marcelo Freixo (PSB-RJ) afirmou que "defende abertamente" que Geraldo Alckmin seja vice na chapa de Lula (PT). "Precisamos entender que 2022 não será como 2002. Temos um desafio de vencer a eleição e conseguir governar o Brasil", disse o deputado federal em entrevista ao Fórum Onze e Meia nesta quarta-feira (29).

Segundo ele, as principais dificuldades serão "o bolsonarismo pós-Bolsonaro" e o apoio do Congresso, já que não há garantias de que os deputados e senadores eleitos ajudarão uma governança progressista, democrática e republicana.

Freixo ressaltou, ainda, que, apesar de Alckmin ser uma pessoa conservadora, ele é "íntegro, correto e completamente diferente de Michel Temer", que articulou o golpe contra a ex-presidenta Dilma Rousseff (PT).

"Em termos de estratégia, trazer a terceira via para dentro da primeira possibilita uma vitória mais consolidada, quem sabe no primeiro turno, o que seria ideal, na minha opinião", disse o parlamentar.

"Alckmin é completamente diferente de Temer, não tem o mesmo perfil, longe disso. Acho que os partidos vão ter essa compreensão. Se você me perguntar a chapa que eu adoraria, poderia citar cinco, seis, que não teríamos nenhuma polêmica, mas precisamos derrotar o bolsonarismo", continuou Freixo.

Ida para o PSB e aliança com o PT

Sobre a sua ida para o PSB depois de 16 anos no PSOL, Freixo disse que pensou na necessidade de um diálogo amplo e com aliança no campo progressista e democrático.

"O ano de 2022 é o mais importante da nossa vida. Se a gente não eleger Lula presidente e não ganhar o governo do Rio, teremos uma situação muito complicada. Nem o Rio nem o Brasil suportam mais quatro anos nessa situação de tamanha decadência", afirmou.

O deputado defendeu, ainda, a aliança com o PT e ressaltou que a grande governança de Lula virá dos governadores que forem eleitos nos Estados chave, incluindo o Rio. "Eu sou um desses preocupados com o excesso de otimismo de alguns, vai ser uma eleição difícil", pontuou.

"Nós montamos uma coordenação de pré-campanha onde o PT está desde o início na figura de seu presidente. Vemos um entusiasmo e uma mobilização muito grande da base petista, que eu tenho muito respeito. (...) Desde o início o Lula foi muito correto em dizer que quer aliança com o PSB, não tem sentido fazer aliança com candidato que está atrás na pesquisa sendo que quem está na frente permite esse diálogo", completou Freixo.

Assista ao programa na íntegra:

https://www.youtube.com/watch?v=B3AumYauyb8