Fux surpreende e permite que Dallagnol seja julgado no CNMP por ataques ao STF

Apesar do "In Fux We Trust", o ministro foi contra os interesses do procurador da Lava Jato e cassou liminar que impedia julgamento de Dallagnol

Luiz Fux e Deltan Dallagnol - Foto: Montagem
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O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), cassou uma liminar que impedia que o procurador Deltan Dallagnol, coordenador da operação Lava Jato em Curitiba, fosse julgado pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) por críticas a ministros do STF. A decisão surpreende por partir do magistrado que era exaltado por Dallagnol e pelo ex-juiz federal Sérgio Moro nos diálogos da Vaza Jato. Fux decidiu acatar pedido da Advocacia Geral da União (AGU) e cassar liminar do juiz Nivaldo Brunoni, da 1ª Vara da Justiça Federal de Curitiba, que impedia o julgamento de Dallagnol por parte do CNMP. O procurador conseguiu se livrar dos conselheiros com o argumento de que estaria sendo julgado duas vezes por um mesmo caso - em que o coordenador da Lava Jato ataca o STF. Competência Segundo a AGU, a Vara de Curitiba não teria competência para suspender o julgamento, o que caberia apenas à Corte suprema. A União ainda destaca que a suspensão "impõe grave risco de subversão da relação hierárquica". O Processo Administrativo Disciplinar (PAD) movido pelo presidente do STF, Dias Toffoli, deve voltar às mãos dos conselheiros e complicar a vida de Dallagnol, após a manobra orquestrada por Brunoni, amigo pessoal de Sérgio Moro. *Com informações do ConJur