Apesar de ter o porte de arma retirado pela Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMERJ) em razão dos ataques contra o coronel Ibis Pereira, ex-comandante geral da PMERJ, o policial Gabriel Monteiro pode sair desse episódio com o bolso mais cheio.
Segundo o colunista Lauro Jardim, do O Globo, o policial pode receber do YouTube entre US$ 3.750 e US$ 7.500 por vídeo em que acusa o coronel de ligação com o comando vermelho. Convertido ao real, o valor pode chegar até R$ 35 mil.
Tal acusação resultou em processo disciplinar na PM com suspensão do porte de arma do oficial, que já foi do MBL e faz vídeos inspirados no deputado estadual Arthur MamãeFalei (DEM-SP). Ele ainda pode ser expulso da corporação.
Em entrevista ao colunista Leonardo Sakamoto, do Uol, Pereira afirmou que "como esse rapaz tem muitos seguidores, o fato em si não importa".
Ele ainda afirmou que o modelo de guerra que a polícia militar reproduz inspirado ações como a cometida por Monteiro. “Guerra não pode ser concepção de política pública, acaba sendo porque estamos apostando no imediatismo e no espetáculo”, disse ainda.
“O fato de a gente não ter equacionado a segurança pública adequadamente durante a redemocratização contribuiu para minar a democracia brasileira. A lógica da guerra e da militarização é a mesma gramática que o youtuber usou contra mim, que é uma lógica fascista, em última análise”, completou.