Gebrael, que pedia a prisão de Lula nas redes, é preso por contrabando, organização criminosa e corrupção passiva

William Gebrael bradava diariamente contra a corrupção e pedia a prisão de Lula nas redes sociais

As postagens de Gebrael
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Uma das quatro pessoas que foram presas no Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro, em uma operação da Polícia Federal (PF), com o apoio da Receita Federal, na manhã da última quinta-feira (8) no Rio é William Gebrael. Tido como o chefe do bando de contrabandistas, Gebrael bradava diariamente contra a corrupção e pedia a prisão de Lula nas redes sociais. Em uma de suas postagens Gebrael escreveu sobre uma foto do ex-presidente: “Não prendê-lo é ensinar aos nossos filhos que o crime compensa” No dia 24 de janeiro, dia da condenação de Lula em segunda instância pela 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), ele escreveu: “É raro o momento de orgulho de ser brasileiro, mas hoje, eu sinto isso” (Sic) A quadrilha de Gebrael trazia ao Brasil de maneira irregular, principalmente, aparelhos celulares de alto padrão e caros, de acordo com a investigação. Informações de inteligência indicam que, para cada mala de viagem que passava pelo canal de inspeção aduaneira sem fiscalização, era pago o valor de US$ 1 mil. Já para mochilas, era estabelecida a quantia de US$ 400 por unidade. Investigação As investigações da operação, batizada de "Vista Grossa", começaram há cerca de um ano. De acordo com a polícia, membros da quadrilha em funções de comando contratavam "mulas" para o transporte de mercadorias importadas e repassavam os dados dessas pessoas a servidores da Receita Federal lotados no aeródromo. Esses, por sua vez, fariam vista grossa e facilitavam o ingresso do material em solo brasileiro sem o devido pagamento dos tributos. De acordo com os investigadores, o chefe da quadrilha tirava uma foto do contrabandista que chegaria com a mercadoria no aeroporto do Rio e enviava para o servidor da Receita – que liberava a entrada sem qualquer tipo de inspeção ou restrição. Gebrael e os outros presos serão indiciados por organização criminosa, facilitação de contrabando e descaminho, corrupção ativa e contrabando/descaminho praticado via transporte aéreo.