Genro de Abilio Diniz vai disputar prévias do governo de São Paulo para enfrentar Doria

Luiz Felipe d'Avila desdenha da pecha de "candidato dos ricos". "Você vai ter o candidato da elite mais antielitista, que sou eu", rebate

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Luiz Felipe d'Avila desdenha da pecha de "candidato dos ricos". "Você vai ter o candidato da elite mais antielitista, que sou eu", rebate Da Redação* Em entrevista à repórter Thais Bilenky, na Folha desta sexta-feira (15), o cientista político Luiz Felipe d'Avila, 54, anuncia que, depois de dez anos fora, volta ao PSDB para disputar as prévias para o governo do Estado. D’Ávila, que é genro do empresário Abilio Diniz, desdenha da pecha de "candidato dos ricos". "Você vai ter o candidato da elite mais antielitista, que sou eu", rebate. D'Avila critica a atitude de Doria de não defender prévias para a escolha do presidenciável tucano e afirma que seu discurso de polarização com o PT não seria suficiente para a eleição presidencial. O cientista político, que lançou sua pré-candidatura no último dia 4, falou com a Folha na semana passada, por telefone, de Portugal, onde descansava antes da maratona eleitoral. Luiz Felipe d'Avila diz que entra pra fazer a diferença contra a corrupção, além de combater o populismo, o corporativismo e o patrimonialismo. Considera o PSDB um dos poucos partidos que está discutindo projetos e debatendo posturas e não teria problemas em enfrentar Doria nas prévias: “Quem tem que escolher é a militância do partido. Apresentei a minha pré-candidatura para disputar, não para negociar lá na frente. Não importa se Doria vai ou não vai disputar, eu vou”, disse. Disse ainda discordar de Doria sobre a necessidade de ouvir pesquisas para ser candidato. “Quem escolhe candidato é a força de militantes, não é pesquisa eleitoral. Pesquisa mostra uma fotografia do momento, e não o candidato que a militância deseja apoiar por representar seus valores”, refletiu. Sobre o melhor candidato à presidência em 2018, d'Avila disse ser Alckmin: “Para 2018, em que narrativa vamos apostar? Na da polarização, entre petistas e antipetistas, justamente o discurso que João Doria vem fazendo? Ou achamos que os efeitos da recuperação econômica vão mudar o humor das pessoas e elas estarão cansadas de turbulência e crise e vão querer a volta à normalidade, à estabilidade e à confiança? Se for esta a narrativa, evidentemente o melhor candidato é Alckmin”. Sobre a sua candidatura ser uma forma de Alckmin enfrentar Doria, disse que “em nenhum momento minha candidatura foi vista para fazer frente a um ou outro. Todos me incentivaram, me deram conselhos, inclusive João e Geraldo. Isso é fofoca para se criar um fato”. *Com informações da Folha de São Paulo Foto: YouTube