Gilmar Mendes cobra Paulo Guedes sobre vazamento e volta a chamar atuação da Receita de “pistolagem”

Em fevereiro, o site da revista Veja divulgou cópia de um relatório interno da Receita sobre a evolução patrimonial de Gilmar Mendes e de sua mulher, a advogada Guiomar Feitosa

Gilmar Mendes. Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
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De acordo com a coluna de Mônica Bergamo, publicada nesta segunda-feira (15), o ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), voltou a cobrar de forma dura a equipe do ministro Paulo Guedes, da Economia, para que as investigações sobre o vazamento de seus dados fiscais cheguem a quem ordenou a devassa e às razões pelas quais ela foi feita. Na cobrança, o ministro do STF disse que a Receita teve, no caso, um papel de “órgão de pistolagem”. Mendes considera que as explicações são “historietas” para encobrir as reais motivações de seus dados terem sido não apenas escarafunchados como também tornados públicos. As explicações iniciais, de que o vazamento foi involuntário porque os dados foram repassados a uma empresa privada por engano, não satisfizeram nem a Mendes e nem outras autoridades que também foram alvo de investigação. O secretário especial da Receita, Marcos Cintra, tem afirmado que não vê a instituição com a mesma severidade do ministro do STF. E que ela apenas procura cumprir suas atribuições, previstas em lei. Relembre o caso Em fevereiro, o site da revista Veja divulgou cópia de um relatório interno da Receita sobre a evolução patrimonial de Gilmar Mendes e de sua mulher, a advogada Guiomar Feitosa, com conclusões que não correspondem aos dados apresentados. Para advogados, é mais um episódio de corporações do Estado extrapolando suas atribuições em benefício de agenda nada institucional. O relatório foi assinado pelo auditor Luciano Francisco Castro. Gilmar considerou a divulgação do documento abuso de autoridade e parte de uma estratégia deliberada para atacar sua reputação. O presidente do STF, ministro Dias Toffoli, enviou ofícios à Procuradoria-Geral da República, ao Ministério da Economia e à Receita para apurar os fatos.