Gleisi Hoffmann diz que pesquisas podem definir entre Haddad ou França

Presidenta nacional do PT afirmou, no entanto, que podem haver outros critérios para decidir candidatura única ao governo de São Paulo

Gleisi Hoffmann (Foto: Marina Ramos/Câmara dos Deputados)Créditos: Foto: Marina Ramos/Câmara dos Deputados
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A decisão sobre quem concorrerá ao governo de São Paulo em uma chapa única, se o ex-prefeito Fernando Haddad (PT) ou o ex-governador Márcio França (PSB), poderá ser decidida por meio do desempenho em pesquisa eleitoral, de acordo com a presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann.

“Tem que estabelecer um critério. Conversamos um pouco sobre isso. Um deles poderia ser a questão da pesquisa. Quem estiver na frente seria o candidato. As pesquisas têm indicado o Haddad na frente. Então, temos que chegar com esses critérios de definição”, afirmou Gleisi.

O assunto foi discutido em reunião entre o PT e o PSB nesta segunda-feira (20), que contou com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, que saiu do encontro queixando-se de que a aliança entre as legendas não pode se dar numa “relação de mão única”.

Outros critérios

Gleisi acha que podem ter outros critérios. “Pesquisa é um bom critério, mas podemos ter outros complementares. Não chegamos a detalhar, até porque foi a primeira conversa”, disse. Em troca da adesão nacional a Lula, o PSB cobra apoio a seus pré-candidatos a governador em mais quatro Estados: Rio de Janeiro, Pernambuco, Rio Grande do Sul e Espírito Santo. “Nem nós nem o PSB podemos querer tudo”, afirmou.

“Claro que tem ali em São Paulo uma tensão entre os partidos e as candidaturas. Ambas legítimas, tanto a do Márcio quanto a do Haddad”, reconhece Gleisi, ao comentar o risco de que uma costura mal feita possa prejudicar a criação da federação partidária.

A federação é um tipo de coligação para as eleições legislativas que obriga as siglas a ficarem unidas durante os quatro anos de mandato, em todos os Estados. Além do PSB, o PT busca atrair PCdoB, Psol e PV para a iniciativa.

Com informações do Valor Econômico