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A Revista Veja divulgou nesta sexta-feira (26) uma conversa do jornalista Glenn Greenwald, do The Intercept Brasil, com a fonte anônima responsável pelo vazamento de conversas de procuradores do MPF e do ex-juiz federal, Sérgio Moro. Nos diálogos, a fonte garante que não invadiu o aparelho celular do ministro e critica o amadorismo de hackers que teria feito isso.
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“Posso garantir que não fomos nós”, diz a fonte, ao ser deparada por Glenn com link de reportagem da Folha de S.Paulo dizendo que o celular de Moro havia sido invadido.
“Nunca trocamos mensagens, só puxamos. Se fizéssemos isso ia ficar muito na cara”, diz a fonte em outra mensagem, antes de criticar o método de ação empregado contra o ministro. “Nós não somos ‘hackers newbies’ [amadores], a notícia não condiz com nosso modo de operar, nós acessamos telegrama com a finalidade de extrair conversas e fazer justiça, trazendo a verdade para o povo.”
Greenwald disse à Veja que o primeiro contato foi feito em maio, que não conhece a identidade da fonte e que as informações teriam sido extraídas exclusivamente do Telegram de Deltan Dallagnol. Analisadas as conversas divulgadas até o momento fica evidente que o coordenador da Lava-Jato está presente em todos os diálogos, inclusive nos privados - sinalizando que a captação de dados parta do telefone dele.
O jornalista ainda afirmou que o interceptador "não pagou por esses dados" e que não "pediu dinheiro algum em troca desse conteúdo".