Governador do Amazonas rebate Bolsonaro sobre recursos de Noruega e Alemanha: "Precisamos, sim"

Wilson Lima avalia que é possível a criação de um consórcio para driblar política de desmonte do Fundo Amazônia promovida pelo governo Bolsonaro

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O governador do Amazonhas, Wilson Lima (PSC), declarou nesta sexta-feira (23) que os estados da região amazônica cogitam a possibilidade de criar um consórcio para receber o dinheiro negado ao Fundo Amazônia após o presidente Jair Bolsonaro alterar as diretrizes do órgão. Ele disse que o investimento da Alemanha e da Noruega é bastante necessário. “No Amazonas, nós temos uma parceria com o KFW, um banco alemão, feita diretamente com o Estado. Mas no momento em que tivermos uma definição sobre o Fundo Amazônia, vamos discutir esse desenho, inclusive, com os donos desse dinheiro, Noruega e Alemanha, para eles destinarem esses recursos para a Amazônia, se seria diretamente com os governadores, através de consórcio, se se criaria um fundo, a gente vai ter que desenhar isso aí. Lembrando que nós precisamos desses recursos sim, da Noruega, Alemanha e de outros países que queiram investir na Amazônia”, destacou Lima em entrevista à TV Estadão. Ele ainda afirmou que os demais governadores estão avaliando qual a melhor solução para superar o desmonte do Fundo Amazônia. “A gente ainda está buscando um modelo de como se faz isso", disse, colocando em aberto se haverá um novo fundo ou um consórcio, assim como foi feito pelos estados da região Nordeste. Lima ainda avaliou que os principais responsáveis pela alta das queimadas são a pecuária e a atividade madeireira, além da especulação imobiliária. Ele também afirmou que não foi identificada qualquer ação ilegal cometida por alguma ONG, ao contrário do que afirmou o presidente da República. Nas eleições de 2018, Wilson Lima apoiou o então candidato Jair Bolsonaro e seu partido, o PSC, faz parte da base governista.