O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), defendeu nesta quinta-feira (8) as remoções realizadas pela Polícia Militar no período da pandemia de Covid-19. Sob suas ordens, a PM, de forma arbitrária, promoveu o despejo violento de 38 famílias da ocupação CCBB e a destruição da Escola do Cerrado, em Brasília.
"Se for esperar passar... Eu acho que o momento é mais que correto. Nós não vamos deixar a cidade virar uma favela com invasões", disse o governador em entrevista ao SBT.
Rocha ainda prometeu realizar novas remoções: "A orientação é tirar todo mundo e vai ser tirado da cidade toda. Não vou deixar a cidade ser invadida por pessoas que acham que o momento de pandemia é hora de invadir".
O governador ainda disse que não está "se importando" com a bancada do PSOL, que ingressou com uma denúncia na Procuradoria-Geral da República (PGR) por abuso de autoridade contra o governador. "Eu sei muito bem o que está sendo feito", completou.
Ao ser questionado sobre as críticas recebidas em todo o país, Rocha disparou: "Podem ficar à vontade, essa é a postura do meu governo".
Quatro militantes do PSOL foram detidos durante a operação; eles já foram soltos. O Coletivo Subverto, no qual os militantes fazem parte, criticou o comentário do governador. "Em entrevista ao SBT hoje, o governador Ibaneis se orgulha da ação violenta de ontem. Ibaneis, saiba que a luta por moradia digna continua", disse o movimento.
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