Governo Bolsonaro atrasa liberação de auxílio emergencial à população

Em movimento visto como chantagem, Guedes afirmou que pode antecipar pagamento caso Congresso aprove PEC de sua autoria

Sérgio Moro, Paulo Guedes, Jair Bolsonaro e Luiz Henrique Mandetta (Foto: Carolina Antunes/PR)
Escrito en POLÍTICA el

Deputados federais foram às redes sociais na tarde desta terça-feira (31) denunciar a postura do governo do presidente Jair Bolsonaro de atrasar a concessão do auxílio emergencial de quarentena aprovado no Congresso Nacional.

"Se o Rodrigo Maia aprovar a PEC [Emergencial] em 24 horas, o dinheiro sai em 24 horas", disse Guedes durante coletiva após ser anunciado pelo ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, que o pagamento seria realizado apenas no dia 16 de abril.

A fala gerou indignação no Congresso e fez diversos parlamentares demonstrarem rechaço à postura do governo. "Governo quer pagar a renda emergencial apenas dia 16 de Abril! Não! Tem que ser agora!", protestou a deputada federa Jandira Feghali (PCdoB-RJ).

"100 milhões de brasileiros aguardam o que aprovamos no Congresso para pôs comina na mesa!!! Seus irresponsáveis!!!", completou a parlamentar.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, também engrossou o coro contra a fala de Lorenzoni. "Espero que o governo mude de posição. É gravíssimo começar o pagamento apenas no dia", afirmou em entrevista ao jornalista Bruno Góes, do Jornal O Globo.

"Benefício aprovado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal é EMERGENCIAL (sim, com letras maiúsculas). Precisa desenhar Senhor Presidente? Não, mas letra maiúscula quer dizer que o povo está GRITANDO por ajuda. #PagaLogoBozo 16 de abril não é prazo para emergência!!!!!!!!!!", criticou a deputada federal Lídice da Mata (PSB-BA).

https://twitter.com/jandira_feghali/status/1245105040727179265?s=21
https://twitter.com/lidicedamata/status/1245118436121993216