O governo de Jair Bolsonaro nomeou o ex-oficial superior da Marinha e apoiador de Olavo de Carvalho, Eduardo Miranda Freire de Melo, para o Comitê Nacional de Prevenção e Combate à Tortura. O órgão é responsável por prevenir e atacar a tortura e outros tratamentos desumanos ou degradantes.
O fato de ser seguidor de Olavo torna a indicação contraditória, já que o guru do bolsonarismo já relativizou a tortura. Em artigo publicado no jornal O Globo, em 2011, Melo escreveu: "Terrorismo e tortura, enfim, não estão no mesmo plano: aquele é hediondo em si, esta depende de graus e circunstâncias".
O ex-Marinha já teve passagem por outros cargos no governo federal. Ele foi Secretário-Executivo Adjunto do Ministério da Educação, onde costumava interromper reuniões para orações em grupo, e também ocupou cargo na TV Escola.
Melo chegou a ser cotado por parte da bancada parlamentar cristã e comandantes da Marinha para substituir Ricardo Vélez no MEC. O militar, no entanto, foi demitido da pasta junto com outros olavistas.
Hoje, ele atua como secretário-adjunto no Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos de Damares Alves.