Governo Bolsonaro pagou auxílio emergencial a 26 militares anistiados

Governo acumula 39,4 mil irregularidades em relação ao pagamento do benefício a membros das Forças Armadas

Foto: Marcos Corrêa/PR
Escrito en POLÍTICA el

O governo do presidente Jair Bolsonaro pagou indevidamente o auxílio emergencial de R$ 600 a 26 militares anistiados. O benefício é voltado para famílias de baixa renda e não pode ser concedido a funcionários públicos. De acordo com o Ministério da Defesa, militares devolveram R$ 19,2 mil aos cofres públicos após terem recebido o pagamento.

De acordo com o Metrópoles, o governo acumula 39,4 mil irregularidades em relação ao pagamento de auxílio a militares. O número de anistiados que receberam o benefício, portanto, é bem menor se comparado com os demais das Forças Armadas. Desse total, pouco mais de 35,2 milhões decidiram devolver, até setembro, o benefício recebido indevidamente.

Meses depois do pagamento da primeira parcela do auxílio, cerca de 8,8 mil militares que receberam as parcelas ainda não devolveram o dinheiro. Ainda, 4,6 mil disseram ao Ministério da Defesa não terem obtido a ajuda financeira, apesar de a pasta ter identificado o pagamento.

Os militares anistiados são aqueles que cometeram crimes políticos de 1961 a 1979, período da ditadura militar. Receber anistia política não caracteriza um impeditivo para obter o auxílio emergencial, segundo o governo. O benefício, no entanto, vale para famílias que recebem até R$ 3.135.

Em entrevista ao programa de TV Conflict Zone, da DW, publicada nesta quarta-feira (7), o vice-presidente Hamilton Mourão afirmou que o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, o primeiro militar condenado pela Justiça Brasileira pela prática de tortura durante a ditadura, “foi um homem de honra e um homem que respeitava os direitos humanos de seus subordinados”.

Temas