Bolsonaro quer congelar salários de servidores federais por pelo menos 3 anos, além de cancelar concursos

A justificativa, segundo o secretário do Tesouro, são os salários iniciais das carreiras de Estado, que variam de R$ 14 mil a R$ 19 mil, e da rapidez com a qual o servidor atinge o teto

O secretário do Tesouro, Mansueto Almeida - Foto: Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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A política de cortes nos recursos e investimentos públicos, especialmente no que se refere ao trabalhador, implantada por Jair Bolsonaro e sua equipe econômica promete apertar o cinto ainda mais. O secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, declarou que o governo vai congelar salários, suspendendo reajustes, além de não realizar concursos públicos por, pelo menos, três anos, de acordo com informações do Blog do Servidor, do Correio Braziliense. A justificativa do governo, nas palavras de Almeida, não é em função da remuneração de final de carreira, que, frequentemente, ultrapassa R$ 30 mil mensais, dependendo do cargo e da função.

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A questão, segundo ele, são os salários iniciais das carreiras de Estado, que variam de R$ 14 mil a R$ 19 mil, e da rapidez com a qual o servidor atinge o teto. Bônus E não é só isso: “Foram criados os bônus de eficiência para a Receita Federal e os honorários de sucumbência para a Advocacia-Geral da União (AGU). Tudo isso tem que ser repensado dentro do contexto das carreiras. São práticas diferentes do resto do mundo. Se quisermos manter o país com nível de investimento, que já é baixo, não vejo nenhum espaço fiscal para aumento salarial ou concurso público nos próximos três anos. Aí, o governo segura e ganha tempo para fazer uma reforma administrativa. Os servidores tiveram quatro anos de aumento salarial acima da inflação”, alegou o secretário.