Bolsonaro piora dívida pública e deixa Brasil refém do sistema financeiro

Brasil terá de refinanciar um quarto da dívida pública federal, de R$ 4,5 trilhões, para que o país não vá a bancarrota, com uma piora no seu perfil

Jair Bolsonaro, Paulo Skaf e Paulo Guedes - Foto: Alan Santos/PR
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Com previsão de mais de R$ 300 bilhões em dívidas vencidas a cada trimestre em 2021, o governo Jair Bolsonaro deixou o Brasil refém do sistema financeiro e se apressa para que o país não entre em colapso financeiro no próximo ano.

Segundo reportagem de Fernando Canzian, na edição desta terça-feira (3) da Folha de S.Paulo, o Brasil terá de refinanciar um quarto da dívida pública federal, de R$ 4,5 trilhões, para que o país não vá a bancarrota, com uma piora no seu perfil.

Para rolar os débitos de R$ 300 bi a cada semestre, o Brasil terá que negociar com investidores, que estão cobrando taxas de juros cada vez mais altas.

Segundo a reportagem, desde o início do governo, o prazo médio dos títulos emitidos pelo Tesouro caiu a menos da metade, de 5 anos para 2,1 anos. Já os vencimentos em 12 meses dobraram, de cerca de R$ 600 bilhões para quase R$ 1,2 trilhão.

Em janeiro de 2019, quando presidente assumiu, apenas 15% da dívida pública venciam em 12 meses. Agora, são 26%.