Guedes se frustra com PIB e diz seguir diretrizes do FMI ao cortar auxílio emergencial

“FMI está sugerindo o que nós estamos fazendo … que a retirada dos estímulos fosse gradual", disse Guedes após lamentar que o PIB "veio um pouquinho abaixo do esperado"

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Alçado na condição de "super" ao Ministério da Economia, Paulo Guedes mostrou frustração com a terceira queda trimestral consecutiva do Produto Interno Bruto (PIB) - comparado a 2019 -, confessando que a retomada da economia ficou "um pouquinho abaixo do esperado".

“Veio um pouquinho abaixo do esperado, mas o fato é que economia está voltando em V, realmente está voltando”, disse Guedes ao chegar ao Ministério da Economia.

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra um crescimento de 7,7% em relaçao ao três meses anteriores deste ano, quando o Brasil viveu o ápice do isolamento social, ficando abaixo das projeções de alta de 9%.

Presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) criticou a política econômica do governo Jair Bolsonaro e afirmou que o PIB é "do tamanho da desorganização do governo”.

Guedes ainda afirmou que está seguindo as diretrizes do Fundo Monetário Internacional (FMI), que mandou o governo brasileiro fornecer apoio fiscal adicional caso as condições econômicas no país se revelem piores do que o esperado.

“FMI está sugerindo o que nós estamos fazendo … que a retirada dos estímulos fosse gradual. Ora, é exatamente o que nós estamos fazendo”, disse ele, mencionando o fim do auxílio emergencial de 600 para 300 reais. O benefício, pelas regras vigentes, será encerrado em dezembro deste ano.

Com informações da Agência Reuters