PGR diz que Braga Netto não cometeu crime ao incitar comemoração do golpe de 64

Procurador Aldo de Campos Costa mandou arquivar representação da bancada do PSOL que pedia investigação do ministro da Defesa que usou a estrutura do Ministério para incitar celebrações ao golpe

Braga Neto e Jair Bolsonaro (Foto: Agência Brasil)
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Em parecer datado do dia 6 de abril, o procurador Aldo de Campos Costa, da Procuradoria-Geral da República (PGR), determinou o arquivamento de uma representação contra o ministro da Defesa, general Walter Braga Netto, por usar a estrutura do ministério para incitar comemorações alusivas ao golpe de 64, que instaurou uma ditadura no Brasil.

Segundo o PGR, "os fatos narrados na manifestação não configuram lesão ou ameaça de lesão aos interesses ou direitos tutelados pelo Ministério Público" e não justificam a atuação da PGR.

A representação foi proposta pela bancada do PSOL na Câmara em razão do texto assinado pelo militar e publicado na página da pasta, mais cedo, pregando a celebração do golpe militar de 1964 e defendendo a ditadura.

“As Forças Armadas acabaram assumindo a responsabilidade de pacificar o País, enfrentando os desgastes para reorganizá-lo e garantir as liberdades democráticas que hoje desfrutamos”, diz um trecho do texto.