XP já prevê mais recessão e queda no PIB em 2022

"Uma nova crise econômica gerada pela deterioração da gestão da política econômica pode significar cerca de 2,5 milhões de postos de trabalho a menos na economia no ano que vem”, diz a XP

Jair Bolsonaro, a primeira-dama Michelle Bolsonaro, o presidente da Caixa, Pedro Guimarães e o ministro da Economia, Paulo Guedes (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
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Uma das principais corretora do mercado financeiro no Brasil, a XP Investimentos prevê um cenário de deterioração da economia ainda maior em 2022 com aumento da recessão e queda no PIB, que podem resultar em um aumento catastrófico do desemprego no país, com o fechamento de milhões de vagas.

“Essa perda de PIB geraria um aumento de 2,3 pontos percentuais na taxa de desemprego na comparação entre os cenários", diz a corretora que, em cenário mais pessimista, vê um aumento de 14,2% para 14,3% no desemprego em 2022.

"Em outras palavras, uma nova crise econômica gerada pela deterioração da gestão da política econômica pode significar cerca de 2,5 milhões de postos de trabalho a menos na economia no ano que vem”, diz a XP, segundo informações do Valor Econômico.

A projeção dos economistas da corretora, chefiados por Caio Megale, prevê no cenário-base, que o PIB deve crescer 3,2% neste ano e 1,8% no próximo. Já na alternativa pessimista, o crescimento seria de 2,8% em 2021, seguido de queda de 1,1% do PIB em 2022.

No cenário mais pessimista, os economistas analisam um aumento das despesas governamentais acima do teto de gastos - o que já vem sendo aceito pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.

“Nestas circunstâncias, entendemos que o Banco Central seria levado a abandonar sua estratégia de ajuste parcial da política monetária”, avalia a corretora, que vê a taxa Selic chegando em 6,5% já no fim de 2021 em seu cenário adverso. Esse nível, pelas projeções do cenário-base, será alcançado somente em 2022.