Presidenta da Capes nomeada por Bolsonaro copiou Wikipedia em dissertação de mestrado, diz jornalista

Cláudia Mansani, que foi reitora do Centro Universitário de Bauru, faculdade particular criada pela família e onde o ministro, Milton Ribeiro, se formou, teria cometido plágio de diversas publicações em mestrado

Milton Ribeiro, Jair Bolsonaro e Claudia Mansani, presidenta da Capes (Reprodução/Twitter)
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O jornalista Lauro Jardim divulgou nesta segunda-feira (19) em sua coluna no jornal O Globo trechos da tese de mestrado de Cláudia Mansani Queda de Toledo, recém-nomeada por Jair Bolsonaro para a presidência da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), que teriam sido copiados de outras obras.

Entre os plágios apontados pelo jornalista, Cláudia Mansani - que foi reitora do Centro Universitário de Bauru, faculdade particular criada pela família e onde o ministro, Milton Ribeiro, se formou - estaria uma cópia de texto do Wikipedia, enciclopédia colaborativa da internet.

Leia abaixo a comparação e na coluna de Lauro Jardim outros exemplos de plágio cometidos pela presidenta da Capes na dissertação "O ensino jurídico no Brasil e o Estado Democrático de Direito".

"Na página 86 de sua dissertação, Cláudia Queda escreveu sobre a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) editada durante o governo FHC…

"Assim, o texto aprovado em 1996 resultou de um longo embate, que durou cerca de oito anos, entre duas propostas distintas. A primeira conhecida como Projeto Jorge Hage foi o decorrente de uma série de debates abertos com a sociedade, organizados pelo Fórum Nacional em Defesa da Escola Pública, sendo apresentado na Câmara dos Deputados. A segunda proposta foi elaborada pelos senadores Darcy Ribeiro, Marco Maciel e Maurício Correa."

…Mas quem for à Wikipedia encontra o seguinte texto, num trecho arquivado em 2006:

"O texto aprovado em 1996 é resultado de um longo embate, que durou cerca de oito anos (1988-1996), a partir da XI ANPED, entre duas propostas distintas. A primeira conhecida como Projeto Jorge Hage foi o resultado de uma série de debates abertos com a sociedade, organizados pelo Fórum Nacional em Defesa da Escola Pública, sendo apresentado na Câmara dos Deputados. A segunda proposta foi elaborada pelos senadores Darcy Ribeiro, Marco Maciel e Maurício Correa em articulação com o poder executivo através do MEC".