Itamaraty solta nota rechaçando "assédio ao Presidente Juan Guaidó"

Diante de uma suposta tentativa de invasão do prédio onde o líder golpista mora em Caracas, na Venezuela, Ministério de Relações Exteriores do governo Bolsonaro correu para culpar o presidente de fato, Nicolás Maduro

Jair Bolsonaro recebe Juan Guaidó como chefe de estado no Planalto (Foto: Presidência da República)
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Mesmo sem a presença "ideológica" de Ernesto Araújo, o Itamaraty segue na narrativa de defender o ex-deputado Juan Guaidó, que tentou por diversas vezes dar um golpe de estado, como presidente da Venezuela.

Nesta terça-feira (12), O Itamaraty soltou nota oficial em que "rechaça o assédio ao presidente Juan Guaidó", em relação a uma suposta tentativa de invasão do prédio onde o político venezuelano mora, em Caracas. Diante dos boatos de um possível sequestro, Guaidó saiu à porta e disse à jornalista que se trata de "perseguição" do presdiente de fato, Nicolás Maduro.

"Os atos praticados colocam em dúvida a efetiva disposição do regime de estabelecer diálogo e negociações de boa fé com as forças democráticas venezuelanas, com vistas à realização de eleições livres e transparentes no país", diz a nota, confusa, do Ministério de Relações Exteriores do governo Jair Bolsonaro.

Na nota, o Itamaraty diz ainda que "o governo brasileiro segue apoiando uma solução pacífica" mesmo diante de diversas declarações de Bolsonaro contra Maduro e, inclusive, de reuniões com órgãos de inteligência dos EUA, como a CIA.

"O governo brasileiro segue apoiando uma solução pacífica, constitucional e liderada pelos próprios venezuelanos para colocar fim à grave crise por que passa o país vizinho. Chama atenção, contudo, para o que parece ser uma nova tentativa do regime de inviabilizar processos negociadores capazes de promover uma transição democrática no país", diz o Itamaraty.