Governo exclui 5 milhões de MEIs do auxílio emergencial, denuncia Fenae

Metade dos MEIs não teria direito a receber o benefício

Foto: Leonardo Sá/Agência Senado
Escrito en POLÍTICA el

De acordo com dados Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o Brasil tem 10,7 milhões de cadastros de MEIs, mas o auxílio emergencial só chegou para cerca de metade desse contingente, segundo dados oficiais divulgados pelo Ministério da Cidadania.

Segundo a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), 5,7 milhões de MEIs foram excluídos pelo governo da possibilidade de receber o benefício e outros 6 milhões de brasileiros deixarão de receber o benefício na nova fase do auxílio, que terá metade do valor inicial - R$300.

Para o presidente da Fenae, Sérgio Takemoto, o auxilio "é um recurso necessário tanto para a sobrevivência destes trabalhadores como para a manutenção da atividade econômica”. “Garantindo-se a renda das pessoas, elas vão gastar no supermercado, na farmácia, na padaria e os recursos vão aquecer a economia. Esse dinheiro volta e gera receita para o país”, afirmou.

Pelo R$ 600

A Fenae ainda ressaltou que apoia a mobilização das centrais sindicais em defesa da manutenção do auxílio emergencial em R$ 600. As entidades querem que a Medida Provisória (MP) 1.000/2020, que cortou pela metade o valor do benefício, seja votada na Câmara. Com medo de perder no voto, o presidente Jair Bolsonaro tenta impedir a votação. "Bota pra votar já, Maia!", pedem as centrais.

“Agora, com a inflação de alimentos, R$ 300 não compra sequer a cesta básica”, afirma o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Sérgio Nobre.