Grande marcha da Ocupação Povo Sem Medo já deixou São Bernardo

Os trabalhadores farão uma caminhada de 23 quilômetros, com percurso estimado em oito horas, com o objetivo de cobrar de Geraldo Alckmin (PSDB) a desapropriação do terreno onde se encontram quase 7 mil famílias.

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Os trabalhadores farão uma caminhada de 23 quilômetros, com percurso estimado em oito horas, com o objetivo de cobrar de Geraldo Alckmin (PSDB) a desapropriação do terreno onde se encontram quase 7 mil famílias. Da Redação* A grande marcha da Ocupação Povo Sem Medo, organizada pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), já saiu de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, por volta de 6 horas, e começa a tomar as ruas. Os trabalhadores farão uma caminhada de 23 quilômetros, com percurso estimado em oito horas, com o objetivo de cobrar de Geraldo Alckmin (PSDB) a desapropriação do terreno onde se encontram quase 7 mil famílias, além de compromissos de moradia do governo tucano do estado. “Estamos tentando fazer negociação, já fomos para a rua várias vezes, na prefeitura, na sede da construtora. Deixamos claro que nosso lado é o pacífico. Nosso lado é o lado de quem quer solução. Isso aqui tem tudo para dar certo. Com o tamanho desse terreno, o tanto de gente que tem aqui, os apoios que estamos recebendo", afirmou Guilherme Boulos, coordenador nacional do MTST. "É o momento de irmos, com todas as nossas forças, para o vai ou racha. Por isso, a terça-feira (31) é um dia decisivo para a nossa luta. Nós vamos fazer uma marcha que talvez o estado de São Paulo ainda não tenha visto. A marcha vai ser longa, vai exigir sacrifício”, disse, antes do início da caminhada. A marcha deveria ser o segundo ato de uma manifestação pacífica do Povo Sem Medo. O primeiro seria o show de Caetano Veloso para os trabalhadores da ocupação, previsto para a noite de ontem. No entanto, a apresentação não aconteceu, por conta de decisão da juíza Ida Inês Del Cid, da 2ª Vara da Fazenda Pública de São Bernardo do Campo, que resolveu suspender o evento, o que aborreceu o artista. Dizendo não conhecer as questões legais, Caetano afirmou se sentir mal com a proibição. “Dá a impressão de que não é um ambiente propriamente democrático”, declarou o compositor ao sair da ocupação. “É a primeira vez que sou impedido de cantar no período democrático”, disse ainda. *Com informações do Mídia Ninja Foto: Carlos Cargerani/Mídia Ninja