Grupo de conselheiros do Corinthians quer retirada de camisa alusiva a Marielle em memorial do clube

Uniforme com a frase “Quem matou Marielle?” foi usado pelo jogador de basquete Gustavinho, em 2018, na comemoração da conquista da Liga Ouro

Foto: Liga Nacional de Basquete
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Na contramão da tradição progressista do Corinthians, clube que promoveu a “Democracia Corinthiana” (movimento liderado por jogadores como Sócrates, Casagrande e Wladimir, que pregava que as decisões deveriam ser discutidas por todos), no início da década de 80, um grupo de conselheiros do clube, intitulado “Fiéis Escudeiros”, exige a retirada de uma camisa em homenagem a Marielle Franco do memorial do clube.

O uniforme integra uma exposição alusiva à história do basquete do Corinthians. A peça foi usada pelo jogador Gustavinho, em 2018, na comemoração da conquista da Liga Ouro.

Inscreva-se no nosso Canal do YouTube, ative o sininho e passe a assistir ao nosso conteúdo exclusivo. A camisa mostra a frase “Quem matou Marielle?” e está exposta no memorial. A mensagem representa um pedido de resposta efetiva das autoridades ao assassinato da ex-vereadora Marielle Franco, no Rio de Janeiro, em março de 2018. Carlos Roberto Elias, diretor cultural do Corinthians, disse que a mostra é itinerante e, nas redes sociais, relatou ameaças de conselheiros que querem retirar a camisa “na marra”.

“Importante enfatizar que a exposição é itinerante, termina no último final de semana de agosto e retrata a história do basquete no Corinthians. Esse fato reproduz a comemoração da Liga Ouro de 2018. Memorial é lugar de contar história, e lá está registrado”.

Exclusão O grupo “Fiéis Escudeiros”, em carta, solicita “a imediata exclusão de quaisquer alusões de cunho político, religioso ou de outra natureza não relacionadas às conquistas ou sua história dentro do âmbito esportivo dentro do memorial de nosso clube, como ocorre com a camisa direcionada à ex-vereadora do Rio de Janeiro”. Com informações do Globoesporte