“Há um câncer no sistema de justiça brasileiro. E se chama Lava Jato”, diz deputado

Veja a repercussão da prisão de Temer na Câmara dos Deputados

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Por George Marques e Vinícius Lousada "Isso é uma vingança do Moro, que bateu boca com Maia - mandou prender seu sogro". A frase do deputado Célio Moura (PT-TO), deu o tom do que foi a repercussão da prisão de Michel Temer e o ex-ministro Moreira Franco na manhã desta quinta-feira (21) na Câmara dos Deputados. Já o deputado Paulo Teixeira (PT/SP) disse que “há um câncer no sistema de justiça brasileiro. E se chama Lava Jato. Tripé é no Dallagnol, Moro e Bretas, que promove prisões arbitrárias. São meus adversários, mas não desejo a eles a ruptura da constituição e da lei”, disse se referindo aos presos. Os líderes de todos os partidos correram para o Salão Verde da Câmara assim que receberam a notícia da prisão de Michel Temer, de acordo com informações dos correspondentes da Fórum em Brasília, George Marques e Vinícius Lousada. Ivan Valente (PSOL-SP) disse em coletiva que o partido acompanhou o impeachment, o golpe e o Temer é associado a essa questão. “O Temer tem várias denúncias. Nós entendemos que é tardia a prisão do Temer, ele precisa ser investigado é punido. Já a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) afirmou que “nos causou surpresa essa prisão pelo momento. Delação não é prova. Nós achamos que a prisão tem que ocorrer de processo condenatório”, disse. O deputado Marcelo Freixo (PSOL-RJ) afirmou que a prisão “não é instrumento de comemoração. Qualquer prisão antes de condenação em primeira instância deve ser aprofundada, deve se entender melhor. O governo Temer foi uma tragédia, mas sua resposta em relação à justiça criminal é outra coisa. Não podemos achar que quem fez governo ruim deve ser preso”, afirmou. Freixo disse ainda que é preciso ter sensatez. “Não dá pra reclamar de uma coisa e não de outra. Creio que ele terá dificuldades na justiça, mas a prisão nessas circunstâncias não é um bom sinal, o que não significa que acho que ele seja inocente”, afirmou. O líder da oposição, Alessandro Molon (PSB-RJ), afirmou que “há muito tempo esperávamos que isso acontecesse. Na verdade, desde o dia primeiro de janeiro. Por duas vezes tentamos que passassem contra ele as denúncias e processos dos quais ele foi alvo quando ainda Presidente da República. Usou o cargo para impedir que essas denúncias avançassem e agora chegou a hora, finalmente, dele encontrar com seu passado e responder pelos seus crimes. O que justifica a ação são os crimes que ele cometeu”, disse. Já o deputado Henrique Fontana (PT-RS), afirmou que era “esperado, porque as provas os indícios sempre foram robustos contra Michel Temer e o grupo do MDB. Infelizmente o processo de golpe institucional está em curso no país. E hoje é um dia adequado para dizer que, em 2016, tiraram uma presidente honesta para colocar um criminoso no poder”. Fontana lembrou ainda que “todos indícios de envolvimento de Temer com ilegalidades, malas de dinheiro, gravações no porão mostram que ele não deveria ter ocupado a Presidência. Desejo que as investigações continuem e sejam aprofundaras”, encerrou.