Haddad: "Dia 1º de janeiro vou reabrir o Palácio do Planalto para todos os brasileiros"

No debate da Globo, o candidato do PT rebateu Marina Silva, que associou ao PT e a Lula a "polarização" e o ódio presente nessas eleições: "Lula instituiu o ódio? Saiu com 86% de aprovação, tratou do servente ao banqueiro com a mesma dignidade"

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Fernando Haddad, candidato do PT à presidência, rebateu, no debate da Globo na noite desta quinta-feira (4), as acusações de Marina Silva (Rede) de que foi o PT quem instituiu o ódio e a polarização tão presentes nessas eleições. A candidata da Rede afirmou que o Brasil está dividido entre aqueles que não querem Bolsonaro e aqueles que não querem o PT, e convidou o petista a fazer uma "autocrítica". Haddad, então, respondeu: "Eu to em campanha há apenas 22 dias, em uma situação completamente atípica. O líder nas pesquisas, que figurava na dianteira e poderia ganhar em primeiro turno, foi impedido por uma decisão arbitrária. É reconhecido no mundo inteiro por um líder político e inclusive um comitê da ONU reconhece a ilegalidade de seu impedimento". Marina seguiu afirmando que Haddad não faz a "autocrítica" e associando a crise política ao PT. O ex-prefeito, então, rebateu. "Estou me apresentando ao eleitorado porque neste momento represento um projeto que deu certo. Lula saiu com 86% de aprovação. Falam que Lula é radical, instituiu o ódio? Lula tratou do servente de pedreiro ao banqueiro com dignidade, governou para os mais pobres. Dia 1º de janeiro vou reabrir o Palácio do Planalto para todos os brasileiros". Marina, então, disse que Haddad não reconhece os erros e citou o "bolsa empresário" e casos de corrupção. Na tréplica, o petista disparou: "Você não está sendo correta. Todos os dias dou entrevistas reconhecendo erros que foram cometidos. Mas não vou lavar a criança com água do banho. Eu sei o que foi gerar 20 milhões de empregos. Vivo de salário, sou professor. Tenho ética, tenho história. Tenho uma vida pública sem nenhum reparo. Não existe nada na minha vida que não seja produzir o bem. Trabalhava 18 horas como ministro da Educação para abrir as portas das universidades para os pobres. Vou fazer novamente pelo trabalhador desempregado".