Haddad faz alerta sobre negócios da família Bolsonaro: "clã começa a pensar grande"

"Negócios de família: Gostaria de estar errado, mas a indicação de Eduardo para a embaixada americana e as tratativas sobre Itaipu indicam que o clã começa a pensar grande em termos de economia doméstica", disse Haddad

Fernando Haddad - Foto: Reprodução/TV Cultura
Escrito en POLÍTICA el
O ex-ministro da Educação, Fernando Haddad, usou seu Twitter neste domingo (4) para denunciar o uso do aparato estatal por parte da família Bolsonaro. O segundo colocado nas eleições presidenciais de 2018 compartilhou reportagem do Jornal O Globo com denúncia de que os Bolsonaro nomearam 102 pessoas com laços familiares em gabinetes desde 1991 e alertou sobre o polêmico acordo de Itaipu e a possível indicação de Eduardo para embaixada do Brasil nos EUA. "Negócios de família: Gostaria de estar errado, mas a indicação de Eduardo para a embaixada americana e as tratativas sobre Itaipu indicam que o clã começa a pensar grande em termos de economia doméstica", disse Haddad. https://twitter.com/Haddad_Fernando/status/1158020953265397760 Levantamento publicada pelo O Globo neste domingo aponta que das 286 pessoas nomeadas pelo atual presidente Jair Bolsonaro e por seus filhos, Flávio (senador), Carlos (vereador) e Eduardo (deputado federal/aspirante a embaixador) desde 1991, mais de um terço (102) tem algum grau de parentesco entre si. Muitos desses, inclusive, sequer sabiam que tinham sido nomeados, supostamente funcionários fantasmas, e podem fazer parte de esquema de "rachadinha" de salários. O caso do acordo de Itaipu, também citado por Haddad, não teve grande repercussão ainda no Brasil, mas gerou uma grave instabilidade no Paraguai e chegou a ameaçar impeachment do atual presidente e do vice. A Comissão de Relações Exteriores do Senado pode começar a investigar o caso, que aponta para uma modificação nos termos do contrato com o objetivo de beneficiar empresa ligada aos Bolsonaro. O acordo foi cancelado para, por ora, proteger o presidente Mario Abdo, aliado de Bolsonaro, de um impeachment.