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Em artigo na Folha de S.Paulo neste sábado (24), o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, esclareceu novamente os pontos da decisão do juiz eleitoral Francisco Carlos Inouye Shintate, que o condenou nesta semana por caixa dois em campanha eleitoral para a Prefeitura da capital paulista em 2012.
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"Provei que o delator estava mentindo, mas o juiz, para minha perplexidade, me condenou por algo que sequer fui acusado", declara Haddad.
Segundo o petista, Shintate promoveu uma manobra judicial para que pudesse condená-lo em função de uma única delação, sem provas e contrariando todos os depoimentos do processo.
"Vejam que a acusação de receber vultosos recursos de caixa dois para pagar serviços gráficos não declarados — hipótese afastada pelo juiz — se transformou, em função de um frágil elemento de convicção, em condenação por pequenos serviços declarados e supostamente não realizados, pagos com recursos lícitos. Uma inversão, no mínimo, extravagante: pagar notas frias com dinheiro quente", relatou.
De acordo com Haddad, depois de afastar a hipótese de corrupção, improbidade ou qualquer crime doloso, "o juiz, contrariando todos os depoimentos, entendeu que nenhum serviço gráfico havia sido prestado, nem para o diretório estadual (não declarados) nem para a minha campanha (declarados), tomando como base a evolução da conta de energia elétrica da gráfica".
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