Haddad: Moro pode ter ganho “o que Bolsonaro levou uma vida de crimes para juntar”

O candidato do PT ao governo de São Paulo destacou que 78% da receita da Alvarez & Marsal, que contratou Moro, veio de alvos da Lava Jato. “Quanto isso foi parar no seu bolso?”

Fernando Haddad (Foto: Ricardo Stuckert)
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O ex-prefeito de São Paulo e ex-ministro Fernando Haddad (PT), candidato do PT ao governo de São Paulo, usou as redes sociais para criticar o presidenciável Sergio Moro (Podemos).

Haddad disse que, durante o tempo em que trabalhou na consultoria estadunidense Alvarez & Marsal, o ex-juiz ganhou “numa única jogada” o mesmo que a família de Jair Bolsonaro (PL) “levou uma vida de crimes para juntar”.

“78% da receita da firma que contratou Moro veio de alvos da Lava Jato. Quanto isso foi parar no seu bolso? A depender da resposta, Moro, numa única jogada, pode ter amealhado o que a família Bolsonaro levou juma vida de crimes para juntar”, postou Haddad.

https://twitter.com/Haddad_Fernando/status/1484936524642848769

Tribunal de Contas da União (TCUretirou, nesta sexta-feira (21), o sigilo de documentos que mostram os valores dos honorários pagos ao ex-juiz pela consultoria Alvarez & Marsal.

A decisão foi de Bruno Dantas, ministro relator da ação, que investiga irregularidades envolvendo a Operação Lava Jato e a Odebrecht. Dantas também tirou o sigilo de peças referentes à empreiteira que, até o momento, eram confidenciais.

O pedido foi apresentado por Lucas Rocha Furtado, subprocurador-geral do Ministério Público de Contas.

Subprocurador: “É necessário investigar prejuízos das operações supostamente ilegais de membros da Lava Jato

Furtado afirma, na ação, que é necessário investigar “prejuízos ocasionados aos cofres públicos pelas operações supostamente ilegais dos membros da Lava Jato de Curitiba e do ex-juiz Sergio Moro, mediante práticas ilegítimas de revolving door, afetando a empresa Odebrecht S.A., e lawfare, conduzido contra pessoas investigadas nas operações efetivadas no âmbito da chamada Operação Lava Jato”.

No dia 17 de janeiro, Furtado, havia encaminhado ofício ao presidente do órgão, Bruno Dantas, solicitando que os processos sobre a atuação de Moro na Lava Jato fossem tornados públicos.

O subprocurador justificou o pedido, afirmando que “diversas peças se encontram com permissões insuficientes para acesso ao conteúdo”.