Haddad não terá que indenizar em R$ 200 mil promotor denunciado por propina, diz Justiça

Ex-prefeito comunicou ao Ministério Público o relato de um suposto pedido de propina de R$ 1 milhão envolvendo Marcelo Milani e foi condenador por calúnia, injúria e difamação

Fernando Haddad (Foto: Filipe Araujo/Fotos Públicas)
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O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad não precisará mais pagar R$ 200 mil de indenização por ter comunicado à corregedoria do Ministério Público uma denúncia contra o promotor Marcelo Milano.

Segundo a coluna de Mônica Bergamo, na "Folha de S. Paulo", o Tribunal de Justiça de São Paulo concluiu que não houve ato ilícito por parte do prefeito, que apenas comunicou o relato que ouviu ao MP.

Haddad havia sido condenado a pagar R$ 200 mil ao promotor, por calúnia, injúria e difamação, por ter repassado ao MP o relato de um suposto pedido de propina de R$ 1 milhão envolvendo o promotor, que afirma ter ouvido de dirigentes do Corinthians e da Odebrecht quando era prefeito.

Em junho de 2017, Haddad afirmou em uma entrevista publicada pela revista Piauí que, em 2016, último ano de sua gestão na capital paulista, foi informado de que, "para não ingressar com a ação judicial" contra a concessão de R$ 420 milhões em benefícios fiscais da Prefeitura para a construção do estádio, Milani "teria pedido propina de R$ 1 milhão".

Haddad diz que Milani adotou "atitude persecutória"

Na entrevista, o ex-prefeito disse que repassou a informação do suposto pedido de propina a um assessor do corregedor do MP paulista e que, após saber da denúncia feita por Haddad, Milani "adotou uma atitude persecutória" contra o então prefeito, movendo ações contra a gestão petista, como uma envolvendo desvio de dinheiro do Theatro Municipal e outra relativa ao destino do dinheiro arrecadado com multas de trânsito na cidade.

A denúncia de Haddad resultou em duas investigações contra Milani, uma na Corregedoria-Geral do Ministério Público, que analisa suspeitas de irregularidades na conduta de promotores, e outra no Tribunal de Justiça de São Paulo. As duas foram arquivadas por falta de provas.

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