Homem do Aerotrem e dono do PRTB, de Mourão, Levy Fidelix morre de Covid-19 aos 69 anos

Eterno candidato, que abrigou Mourão para ser vice de Bolsonaro em 2018, Levy Fidelix colecionou falas homofóbicas e defendeu que a vacina contra o coronavírus não fosse obrigatória

Bolsonaro, Levy Fidélix e Mourão (Reprodução)
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Levy Fidelix, o "homem do aerotrem" e dono do Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB), que abriga o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, morreu na noite desta sexta-feira (23), aos 69 anos, vítima de complicações da Covid-19.

"É com profunda dor e pesar que o PRTB, por sua diretoria, comunica o falecimento do nosso Líder, Fundador e Presidente Nacional Levy Fidelix, ocorrida nesta data na cidade de São Paulo. Descanse em paz homem do Aerotrem", diz o tuite publicado no perfil oficial do político às 2h10 deste sábado (24).

https://twitter.com/levyfidelix/status/1385823446752501765

Ex-secretária nacional de igualdade racial, Sandra Terena, mulher do jornalista bolsonarista Oswaldo Eustáquio, confirmou na rede a causa da morte. Fidelyx estava internado em um hospital particular de São Paulo.

"Com tristeza, informo o falecimento de um pioneiro do conservadorismo no Brasil, Levy Fidelix por COVID-19. O óbito foi confirmado às 20 horas desta sexta-feira (23). Que o Espírito Santo console a família. Meu marido, o jornalista Oswaldo Eustáquio foi um grande amigo de Levy", tuitou.

https://twitter.com/sandraterena/status/1385796252420431873

Fidelix foi candidato a vereador, prefeito, deputado estadual, deputado federal, governador e presidente da República.

Em maio de 2018, abrigou o então general da reserva, Hamilton Mourão, na sigla em que comandava como dono e abriu mão da terceira disputa à presidência para apoiar o vice na chapa com Jair Bolsonaro.

Já durante a transição, em dezembro de 2018, Fidelix revelou desconforto ao não ser convidado para assumir cargos no primeiro escalão do governo.

Conservador, Fidelix colecionou falas homofóbicos durante sua carreira como político. Em 2014, na sua última disputa à Presidência, Fidelix associou a homossexualidade com pedofilia e afirmou que gays precisam de atendimento psicológico "bem longe daqui", o que provocou um beijaço gay na Avenida Paulista.

Candidato a prefeito de São Paulo em 2020, ele defendeu que a vacina contra o coronavírus não deveria ser obrigatória e propôs um "distanciamento funcional", com abertura do comércio em turnos.