O ex-presidente do Botafogo, Carlos Augusto Montenegro, se revoltou na terça-feira (19) diante da postura adotada pelos presidentes do Flamengo, Rodolfo Landim, e do Vasco, Alexandre Campello, de defenderam a volta imediata do Campeonato Carioca. Eles se reuniram com Bolsonaro para conseguir apoio para a empreitada.
"Parece coisa de clubes pequenininhos. Disseram que foi forte o que disse (ao Globoesporte) sobre o fato deles poderem se tornar homicidas, mas podem mesmo. Se forçar muito no meio da pandemia, será uma irresponsabilidade", disse Montenegro, que integra o comitê gestor do Botafogo, em entrevista a Bruno Braz, do Uol.
Ele criticou a possibilidade de volta aos treinos e comparou com o cancelamento das aulas. "Coisa de doido! É até uma covardia com jogadores, comissão técnica, família... Está uma dificuldade nos hospitais e ficam falando em testezinho antes do treino? Pessoas podem se contaminar voltando para casa e depois passarão dificuldades para conseguir vaga no hospital", declarou.
"Não sei porque esse nervosismo do futebol. Ninguém fala da volta das universidades. Ninguém está preocupado com alunos que precisam estudar, que é o importante de verdade. Só vejo falar de treino, futebol...", completou.
Landim e Campello se reuniram com o presidente Jair Bolsonaro na terça com o objetivo de realizar treinos das equipes em Brasília durante a pandemia, já que a Prefeitura do Rio se posicionou contra a possibilidade.
Nas redes sociais, torcedores criticaram a postura dos dirigentes. A página Flamengo da Gente divulgou uma nota cobrando responsabilidade do clube e disse que a diretoria "atrelou a imagem, de forma irreversível, a um presidente irresponsável e genocida".
A página CRVG da Decepção também criticou o encontro: "Conseguiram juntar Bolsonaro, Campello e o presidente do Flamengo, Rodolfo Landim. Os maiores desgraçados do país reunidos numa mesa".