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Após a entrevista em que se mostrou visivelmente irritado e que atacou um jornalista, o presidente Jair Bolsonaro afirmou, em café da manhã com a imprensa no Palácio da Alvorada, neste sábado (21), que errou ao dizer que o jornalista tinha "cara de homossexual terrível", mas seguiu com provocações.
"Para quem que eu falei que era terrivelmente homossexual? Não está aqui hoje? Manda um beijo para ele. É igual futebol: ali na frente, de vez em quando, você manda seu colega para a ponta da praia [expressão usada para se referir à base da Marinha, local que teria sido usado para tortura na ditadura militar]. Depois vai tomar uma tubaína com ele", afirmou.
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O presidente disse ainda que "errou" ao fazer a declaração na sexta-feira (21), mas usou a seguinte justificativa: "É a minha maneira de ser. Não dá para mudar isso aí. Pau que nasce torto. É o linguajar que eu tenho".
Descontrole
Entre ordens de “fica quieto” e “deixa eu falar”, Bolsonaro ergueu a voz várias vezes nesta sexta-feira (20) e respondeu com ataques a perguntas de jornalistas. Indagado se ainda pretende mudar a embaixada brasileira em Israel para Jerusalém, Bolsonaro ironizou o repórter.
“Você pretende se casar comigo um dia? Não seja preconceituoso. Você não gosta dos olhos azuis? Isso é homofobia, vou te processar por homofobia”, atacou.
Sobre o caso de corrupção investigado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro envolvendo o filho, o senador Flávio Bolsonaro (ex-PSL-RJ), Bolsonaro voltou às agressões.
“Você tem uma cara de homossexual terrível. Nem por isso te acusam de homossexual, se bem que não é crime ser homossexual”, disse, ouvindo apoio dos bolsonaristas que o cumprimentavam no local.